sexta-feira, 26 de março de 2010

O lugar


Lembro da minha infância quando vinha a Porto Alegre com meus tios. Recordo perfeitamente dos locais que mais despertavam minha atenção: o arroio Dilúvio, o muro da Mauá, a interferência no rádio quando entrava no túnel da Conceição, a Osvaldo Aranha nos arredores da Redenção...desde criança tinha certeza que essa era a cidade onde queria passar minha juventude.

E eis que estou aqui. Há três anos que me sinto um porto-alegrense, um magro do Bonfa, um boêmio da Cidade Baixa, um bicho-grilo da P.F. Gastal. Vejo POA com um constante olhar poético e melancólico. O T-5 lotado, paredes pixadas, miséria sob viadutos...o céu de vanilla do amanhecer e sol dourado do anoitecer. Tudo me inspira.

Da minha janela sinto e respiro Porto Alegre. Aqui me realizo, me apaixono e me embriago.

É em Porto Alegre que me sinto cidadão do mundo. É nas ruas da capital que aprendo sobre a vida. É nas vielas que vejo aquilo que ninguém vê.

Porto Alegre é poesia, prosa e verso. Porto Alegre é redenção e tragédia. Porto Alegre é cor no meio do concreto.

Parabéns, Porto Alegre.

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